O ato de farejar não é um dom, e sim uma condição humana.
Condição esta que tende a suprir as nossas necessidades básicas de sobrevivência e que, ao longo dos séculos, vem sendo negligenciada, esquecida e domesticada.
O instinto farejador foi considerado um dos mais importantes (e primitivos) dos sentidos no decorrer da nossa evolução.
O olfato faz parte de um sistema complexo que, involuntariamente, desperta sinais e desvenda aspectos do nosso subconsciente.
Perder a conexão com o faro é perder-se de sí, das lembranças que constroem nossa trajetória, do poder que nos guia e nos direciona.
Uma mulher ou homem que negligencia o próprio olfato sofre consequências relacionadas aos instintos que os mantém vivos, alertas e conscientes.
Saia de casa amanhã cedo e colecione cheiros do lugar onde você vive.
Anote-os. Vivencie-os.
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Texto da imagem: Clarisse Pinkola Estés, em Mulheres que Correm com os Lobos